Manifesto

Manifesto Escola das Competências

Vivemos num mundo que nos impulsionam apenas para os melhores resultados cognitivos sem levar em consideração a afetividade, daí a importância do desenvolvimento de habilidades e competências socioemocionais desde as primeiras noções de sociedade que temos, a família. Em família vivemos o microcosmo de uma sociedade, as primeiras experiências e anseios que com frequência norteiam as perspectivas do indivíduo para toda a sua vida.

Nosso trabalho visa atingir todas as instituições responsáveis pela formação humana. Na Educação, iniciando na Educação Infantil, exercitamos os primeiros passos de brincar e se relacionar através do UBUNTU, que compreende do ser somente se existir o outro, “só sou porque somos”. Nesta fase, a criança acaba de romper o estágio da microssociedade e passa a experimentar situações de convivência distintas das que obteve no ambiente familiar, passa a lidar com outras crianças, deixam de ser o centro das atenções e os desejos não são mais (ou espera-se que não sejam) mais saciados por um botão ou por birra.

Os Anos Iniciais, o foco está no desenvolvimento da autonomia.

Nos Anos Finais, já buscamos o espaço de descobertas autorais para que estejam maduros para a escolha de seu itinerário formativo para o Ensino Médio.

No Ensino Médio, passamos a lidar com o desenvolvimento de competências, missão, virtudes relativas a área do conhecimento escolhida ou a ser escolhida.

Durante o Ensino Básico, trabalhamos com situações-problema, sem buscar culpado ou a valorização da queixa, mas a resolução.

Todos teóricos e programas voltados para educação e famílias já anunciam e denunciam este fenômeno internacional há muito tempo, mas pouco fala-se em Plano de Ação.

As industrias financeiras e de consumo tornou a educação um mercado lucrativo que tem feito muitos investidores atentar-se a esta demanda pensando, majoritariamente, no retorno financeiro, não em causas ou resoluções, uma vez que a resolução resultaria na extinção deste mercado.

Atuamos em 04 Frentes de Desenvolvimento Humano:

  1. Educação Básica (Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio)
  2. Orientação Familiar
  3. Orientação Profissional
  4. Educação Corporativa

Entendemos que estas frentes são interdependentes e devem ser trabalhadas de forma sistemática.

Existe um esforço na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para o trabalho de competências gerais e específicas, na mudança de paradigmas de educação, mas pouco no sentido de transformar processos de avaliação, seletivos, das academias que (de)formam diversos profissionais, como educadores. Nada para pais, que enfrentam um mercado cada vez mais exigente em relação a produtividade, extensas e exaustivas cargas de trabalho.

Os pais entram num dilema: se dão sustento, atenção, referenciais de virtudes e carinho ou às demais necessidades, ora básicas, ora de consumo, ditadas pela mídia como forma de suprir as primeiras citadas. Estes, (incons)cientes deste novo mundo, ficam paralisados e apegam-se em mecanismos de defesa que levam a terceirização de fundamentos básicos de educação familiar para instituições de ensino, delegam, mas ditam como deve ocorrer, primando muitas vezes pelo apressamento da alfabetização e letramento cursivo já na Educação Infantil. Paralelamente, matriculam em cursos de inglês, balé, capoeira, quando não, buscam instituições que ofereçam educação integral, com almoço, jantar e uma novidade: hotelzinho. Definitivamente tornando a educação um produto/serviço consumível de forma integral e personalizada.

Por sua vez, as instituições tornam-se reféns deste mecanismo, corrompendo seus PPPs (Projetos Políticos Pedagógicos) em nome da garantia das mensalidades e número de alunos, quando privadas, ou presença/reclamações de “clientes/pais” em diretorias de ensino.

Todas as instituições (família, escola, universidade e empresas) tem focado no quantitativo, no racional em detrimento ao princípio de qualidade, na afetividade. É preciso reequilibrar razão e emoção, cognitivo e sociemocional permeando as 4 Frentes citadas pela nossa Escola das Competências.

A Escola é um espaço que abriga um conjunto de pessoas que seguem um sistema de pensamento, vivências e experiências. Ela é muito mais que um prédio público ou privado. Nossa primeira Escola é a família, seguida da educação básica, ensino superior e o ambiente corporativo.

O conceito de aluno está ultrapassado. Aluno significa “sem luz”, sem conhecimento, o que não é verdade pois nossas crianças e jovens já chegam para as primeiras lições em família ou na educação Básica com um gigantesco conhecimento prévio. O mesmo acontece com o professor, ele sempre teve seu poder pautado no deter todo o conhecimento, poder este destituído com alunos muitas vezes mais instruídos que os próprios educadores.

O papel do professor passou a ser de mediador de vivências, experiências e conceitos.

De nada adianta a homologação de uma nova base que demanda e normatiza o exercício de competências quando nem os próprios profissionais da educação foram devidamente treinados e conscientizados a exercitar em sua pratica pedagógica. De nada adianta tal melhoria, se os processos seletivos, o ENEM, os vestibulares e empresas são transformados para esta nova realidade. De nada adianta se as empresas continuarem a selecionar a partir de melhor marketing pessoal, melhor vestimenta, padrões ou maquiagem e não por suas competências para ocupar determinadas posições ou cargos.

Nossa escola, a Escola das Competências visa o desenvolvimento humano e social de competências e habilidades cognitivas e socioemocionais de forma abrangente, completa e sistematizada ligando as 04 Frentes sob os mesmos conceitos e virtudes.